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Veganismo pode ser barato para quem gosta de cozinhar

  • Foto do escritor: Caroline Neves
    Caroline Neves
  • 2 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Mais que uma dieta, é uma filosofia de vida com o tabu do custo elevado


Cooperação: Isabela Junqueira e Lívia Alves


Crédito: Caroline Neves

O veganismo é um movimento crescente no Brasil. Ao mesmo tempo em que ascende ele cria uma série de tabus, e entre eles o principal é o custo. A base da dieta vegana é o reino vegetal, são legumes, frutas, cereais, leguminosas, ou seja, a parte do hortifruti do mercado ou então nas feiras. Assim, segundo a nutricionista esportiva, Caroline Rechineli “o que faz as pessoas acreditarem que o veganismo é um estilo de vida caro seria primeiramente a falta de conhecimento do que realmente é uma alimentação vegana”.


O veganismo pode ser caro quando os praticantes recorrem aos industrializados. Porém não é uma regra, já que também pode ser mais acessível do que a alimentação “padrão” da maior parte da população, que consome derivados de origem animal, principalmente no atual momento em que se observa uma alta razoável no preço da carne vermelha no país.

Hisa “marmit ando” (Crédito: arquivo pessoal de Hisa Matsumoto)

Saúde, sustentabilidade e respeito pelos seres sencientes são os três pilares do veganismo, que se divide em alguns segmentos, sendo os principais: plant-based, dieta baseada em vegetais e alimentos na sua forma mais natural e completa e que evita qualquer processo de industrialização; “junk-foods”, cuja dieta contempla os industrializados; e por fim, a dieta dos crudívoros, que consomem os alimentos in natura, sem qualquer tipo de alteração, como o cozimento.





O QUE É CARO, AFINAL?


A médica Hisa Matsumoto Videira é vegana há 5 anos. Ela conta que sentiu uma diminuição considerável no valor de suas compras alimentícias mensais desde que deixou de consumir produtos de origem animal, e que até hoje vê isso na prática qu ando viaja com seus amigos: o valor do rateio de suas compras (com alimentos de origem animal) fica o dobro do valor da dela. Apesar de ser uma dieta originalmente barata, ela explica o que pode encarecê-la:



Neste infográfico há uma comparação entre os preços de alimentos industrializados: os de origem animal e os equivalentes veganos.


É POSSÍVEL SUBSTITUIR AS PROTEÍNAS DE FORMA EFICAZ?


A nutricionista esportiva Caroline Rechineli, que é vegana há 2 anos, fala sobre outro tabu dentro da dieta, que é como obter as proteínas, desmistificando que as carnes são as principais fontes.


Carol particip ando do VegFest 2019, em Brasília. (Crédito: arquivo pessoal de Caroline Rechineli)

A SIMPLICIDADE NO VEGANISMO


A aposentada Inês Aparecida Viotto, de 54 anos, há 14 é vegana. A vida toda trabalhou como secretária em Jundiaí, São Paulo. Foi forçada há parar de trabalhar desde que sua mãe e sogra passaram a demandar cuidados específicos por conta da idade. Atualmente ela mora em um apartamento alugado e junto ao marido, se sustentam com o equivalente a dois salários mínimos.


Inês fez uma deliciosa e clássica receita francesa provençal de legumes cozidos do século XVIII: Ratatouille. Para isso, usou:

– 800g de abobrinha (R$ 2,55)

– Dois tomates salada (R$ 1,45)

– 1 cebola (R$ 1,12)

– 340g de molho de tomate (R$ 1,29)

TOTAL: R$ 6,41


Ratatouille da Inês (Crédito: Caroline Neves)

E COMER FORA, FICA CARO?


Shermann Tan veio de Singapura e escolheu o Brasil como seu segundo lar. Gostou tanto do país, que abriu um restaurante vegano na cidade de Jundiaí, São Paulo. Ele conta que é vegetariano de nascença, vegano há três anos e argumenta que a dieta é acessível, tanto dentro, quanto fora de casa:


Shermann e seus salgados (Crédito: Caroline Neves)



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©2021 por Caroline Neves.

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